Um dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) mais importantes em serviços de soldagem é a máscara de solda. Produzida com materiais resistentes, é fundamental para a segurança do soldador, por evitar contato com faíscas, radiações ou altas temperaturas. Saiba como uma máscara de solda com escurecimento automático pode melhorar a soldagem:
Uma das tecnologias mais eficazes foi o desenvolvimento de filtros de escurecimento automático. Os equipamentos com esse opcional ajudam o profissional a se movimentar e realizar operações secundárias no ambiente de trabalho, sem precisar levantar a máscara manualmente.
Além disso, o equipamento conta com uma proteção extra para o campo de visão do operador. Os visores contam com uma particularidade muito importante, escurecem ou clareiam de modo automático, a partir do grau de luminosidade ao qual o usuário é submetido.
Sendo assim, é importante conhecer os detalhes da máscara de escurecimento automático, de modo que atenda as necessidades de proteção e funcionalidade exigidas no trabalho.
Uma das informações mais relevantes é saber quais as classificações de claridade óptica, por isso, continue a leitura e saiba as especificações de cada uma.
Classificações ópticas
Inicialmente é preciso esclarecer que a máscara de escurecimento automático correta proporciona uma visão mais clara e precisa do cordão de solda manuseado. Desse modo foi criado um sistema de classificação para avaliar os tipos de visores e quais as indicações de cada um.
Vale destacar que a Comissão Europeia de Padronização estabeleceu uma norma, a EM 379, com objetivo de mensurar a qualidade da claridade óptica das lentes. Entre os itens avaliados estão os filtros de escurecimento automático, por isso, a classificação dos capacetes é identificada com o padrão 1/1/1/1.
Para este sistema de diferenciação, as lentes de escurecimento automático são testadas e classificadas em quatro categorias. Cada classe é avaliada em uma escala de 1 a 3, sendo que o melhor desempenho é identificado pelo número 1 e o pior, o 3.
A seguir, confira os números de identificação e a classificação óptica de cada lente:
Classificação óptica (1/x/x/x): este primeiro número determina a nitidez da imagem, por isso, várias lentes são colocadas juntas para compor o filtro. O número apresentado determina se a imagem está distorcida ou ondulada, como se estivesse olhando dentro da água.
Classificação de difusão de luz (x/1/x/x): esta avaliação também mede a nitidez, no entanto, se relaciona mais precisamente à clareza da imagem. Em outras palavras, averiguar se há defeitos nas lentes que possam gerar desfoque no ato da visualização.
Variações na taxa de transmissão luminosa (x/x/1/x): este número classifica a consistência do escurecimento automático em toda a lente, de modo a garantir que a placa mude de cor em toda a extensão. A existência de manchas claras ou escuras na área visível podem afetar a capacidade de soldar com segurança.
Classificação de distorção angular (x/x/x/1): lentes com essa condição oferecem controle de distorção angular, de modo a evitar alterações durante a visualização do material trabalhado. A título de exemplificação, se for preciso soldar o entorno de um tanque é essencial garantir que a máscara tenha essa nomenclatura.
Por outro lado, muitos profissionais escolhem máscaras com classificação 2 pela economia financeira na aquisição do produto e por trabalharem com soldas bem próximas do campo de visão.
Sendo assim, pode-se optar pelo artefato com essa classificação (com distorção angular) quando houver necessidade de ajustar o nível de sombra para DIN 4. Porém, se o operador não estiver soldando e for preciso realizar um esmerilhamento é necessário o uso da máscara de escurecimento automático.
Sensibilidade e Visibilidade
Além da importância de conhecer as classificações de claridade óptica, existem outros fatores que otimizam o uso da máscara de escurecimento automático. Por exemplo, a velocidade com que o visor muda do estado mais claro para o escuro acontece entre 0,1 e 0,09 milissegundos.
No entanto, é preciso esclarecer que o número de sensores instalados no capacete afetará quando e como o escurecimento automático será acionado. Em outras palavras, quanto mais dispositivos, mais rápida será a mudança de tonalidade.
Um exemplo prático, pode ser observado quando o operador está trabalhando fora de posição e um ou dois sensores estejam bloqueados das fontes de iluminação, ou afetados por uma luz diferente. Nessa situação, os demais dispositivos ajudam a garantir as funções de escurecimento automático.
Além disso, existem opções com mais recursos tecnológicos e uma delas são as máscara de solda com escurecimento automático equipadas com Bluetooth, responsável por conectá-las à fonte de soldagem.
O princípio de funcionamento do capacete é utilizar o sinal do gatilho da tocha para escurecer o capacete, sem precisar da luz visível para ativar os sensores. Desse modo, quando o arco é desligado, a lente clareia novamente. Vale lembrar que esse opcional compõe o portfólio de EPIs da Balmer Powered by Cebora.
Uma última consideração que deve ser avaliada ao comparar a visibilidade entre capacetes é o tamanho da área coberta pela lente. Embora a maioria dos cartuchos de lente tenham maior dimensão, é importante testá-los, de modo a garantir que a visibilidade atenda às expectativas do operador.
Em resumo, a máscara de solda com escurecimento automático apresentam classificações ópticas de 1/1/1/1, mas o que determinará a qualidade do produto é a combinação com outros fatores como: o número de sensores, área de visualização e o conforto proporcionado ao profissional.
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